Anderson Horizonte
"Não é o que você acredita. É o que você faz!"
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*imagem da internet



O Cântico dos Guerreiros (Ao Time da Chapecoense)



“A 'imprudência do homem', não lhes permitiram a última prece, o agradecer... Não puderam pensar em seus maiores bens que os esperavam de volta. Dadas as circunstâncias lhes tiraram a vida e a dádiva que temos de consultar nosso próprio oráculo, chamado de memória. Dadas as possibilidades, ainda lhes tiraram aquela última lembrança, talvez a do filho no colo, a do beijo da esposa, aquele lampejo de memória da prosa com o pai, ou cheiro carinhoso na mãe...”
...

De repente o mundo se ouviu cantando “vamos vamos, Chape! Vamos vamos, Chapeee!...” então, voaram para ganhar a América, mas no pouso ganharam o mundo, visto de outra dimensão, longe, muito longe da nossa compreensão. Aquele futebol de garra, fibra e entrega, deixa saudade, foram-se vidas, sorrisos, amores e amizades!

A mais triste das tragédias que sua geração acabou marcando. Uma vez ouvi dizer: “Ah, sim, Deus é brasileiro!” Pois te digo, não! Sei que Deus, hoje é colombiano! Pois não teríamos a decência e nem a honra que tiveram, pois nossos governantes corromperam os seus valores pelas cifras que quiseram. O homem que lidera essa nação exige as honrarias, prefere que se ajoelhem, a honrar as pobres famílias.
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A temporada estava no fim, bem diferente dos ânimos, que se exaltavam em alegrias. As paredes dos vestiários não suportavam as cantorias e assim as deixavam ir, e os cânticos dos guerreiros tomavam as ruas de Chapecó, e sem adversários que os parassem, fizeram seu canto ecoar pelo país, cantando numa voz só.

E se ainda te disserem que as paredes têm ouvidos, sim, concorde, pode crer. Pois, é graças a essa verdade que o mundo, entre a lágrima e a emoção, entoa o cântico dos guerreiros: “ vamos vamos, chape! Vamos vamos, Chapeee!...”
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Já no pássaro de aço, em algumas fileiras, uns sorriam feito crianças, contagiando até os ‘sérios’ da liderança... Três fileira à frente, o fone era companhia, ao lado de outros que escolheram a prece pra Deus, um Santo ou Ave Maria. Se não me falhe a memória tinha alguém beijando a foto da filha, enquanto outro ao lado, beijava era toda a família. Se sentiam orgulhosos de onde haviam chegado, e não importa o que acontecesse, já eram os campeões antes mesmo de terem jogado.

A vitória vem da união, o gol não é feito com o pé, é chutado pelo coração. E... passe o tempo que passar, aconteça o que acontecer, a pele sempre vai arrepiar, o coração sempre vai disparar, quando a torcida, o cântico dos guerreiros cantar... “ vamos vamos, Chape! Vamos vamos, Chapeee!!!”




Por: Anderson Horizonte

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Anderson Horizonte
Enviado por Anderson Horizonte em 30/03/2017
Alterado em 11/11/2022
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