
Pensando bem!
Às vezes acho que a “noite” é uma taça de vindo
E o “Outono” é uma menina andando,
sem rodinhas, em sua bicicleta pela primeira vez.
Às vezes acho que o “sol” é, tão somente,
um menino jogando bola, descalço, num campinho de vila.
Sem algo para pensar, acho que o “silêncio”
é um homem velho, sábio, que tirou tudo da vida,
mas que a vida, também tenha lhe tirado algo; o Tempo.
Quando paro para pensar acho mesmo que as “estrelas”
são mulheres, que; chamadas de mães, por aqui
foram convocadas a brilhar lá no céu.
Às vezes acho que o “inverno” é deveras
a lembrança pegando metrô, segurando um livro em suas mãos.
Acho que o “Pôr do sol” é um trabalhador cansado -
dentro de um ônibus lotado – mas que mora a beira mar,
sempre pronto a surfar.
Às vezes acho que o “vento” é apenas uma criança
que outrora não pode correr.
Que a “lua”; são os olhos de quem não vê.
O “oceano”; uma enorme bolha que acolhe todos aqueles
que, não sabemos os porquês, mas não tiveram escolhas.
Às vezes acho que a “saudade”...
Ah... a saudade é um bom filme sem pós-crédito!
É o fim do baile, a serpentina e a lantejoula jogada ao chão, já sem o folião.
Penso que a “chuva” é um acordo de paz num pós-guerra
entre duas nações irmãs, que nunca deveriam ter mirado seus canhões.
Acho que a “solidão” é, justamente, ao contrário;
é um soldado na trincheira, cheio de orgulho com seu rifle apontado.
Às vezes acho que a "esperança" é um recém-nascido
indo pra casa, vendo a chuva descendo em trilhas
costurando a tensão superficial das gotas já formadas
no vidro embaçado de um carro de aplicativo.
Acho mesmo que o “amor” é um carrinho de sorvete. Um palito premiado.
É o tio do algodão doce. É a tia da pipoca.
O “amor” é um saco cheio de pão, indo, em alguma mão,
ao encontro de um "cafézin que tá passando"...
É, certamente, uma criança arrastando a sua mochila da escola.
P.S.: num terreno acidentado é uma menininha, na volta da escolinha
- parando com a sua garrafinha -,
regando um pequeno pé de manga, recém-plantado.
O amor é o fruto. E, de tudo que bem plantamos, ele é o resultado.
P.S.: O poeta, falho que é esqueceu-se da principal rima.
às vezes penso que "Deus" é,
sem sombra de dúvidas,
uma "cachoeira", num domingo de sol
esperando para premiar quem venceu a trilha,
que somos nós, na vida!
Instagram @andersonhorizonte_escritor
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