Anderson Horizonte
"Não é o que você acredita. É o que você faz!"
Textos

Pensando bem!

 

 

Às vezes acho que a “noite” é uma taça de vindo

E o “Outono” é uma menina andando,

sem rodinhas, em sua bicicleta pela primeira vez.

Às vezes acho que o “sol” é, tão somente,

um menino jogando bola, descalço, num campinho de vila.

 

Sem algo para pensar, acho que o “silêncio”

é um homem velho, sábio, que tirou tudo da vida,

mas que a vida, também tenha lhe tirado algo; o Tempo.

 

Quando paro para pensar acho mesmo que as “estrelas”

são mulheres, que; chamadas de mães, por aqui

foram convocadas a brilhar lá no céu.

 

Às vezes acho que o “inverno” é deveras

a lembrança pegando metrô, segurando um livro em suas mãos.

Acho que o “Pôr do sol” é um trabalhador cansado -

dentro de um ônibus lotado – mas que mora a beira mar,

sempre pronto a surfar.

 

Às vezes acho que o “vento” é apenas uma criança

que outrora não pode correr.

Que a “lua”; são os olhos de quem não vê.

O “oceano”; uma enorme bolha que acolhe todos aqueles

que, não sabemos os porquês, mas não tiveram escolhas.

 

Às vezes acho que a “saudade”...

Ah... a saudade é um bom filme sem pós-crédito!

É o fim do baile, a serpentina e a lantejoula jogada ao chão, já sem o folião.

 

Penso que a “chuva” é um acordo de paz num pós-guerra

entre duas nações irmãs, que nunca deveriam ter mirado seus canhões.

Acho que a “solidão” é, justamente, ao contrário;

é um soldado na trincheira, cheio de orgulho com seu rifle apontado.

 

Às vezes acho que a "esperança" é um recém-nascido

indo pra casa, vendo a chuva descendo em trilhas

costurando a tensão superficial das gotas já formadas

no vidro embaçado de um carro de aplicativo.

 

Acho mesmo que o “amor” é um carrinho de sorvete. Um palito premiado.

É o tio do algodão doce. É a tia da pipoca.

O “amor” é um saco cheio de pão, indo, em alguma mão,

ao encontro de um "cafézin que tá passando"...

É, certamente, uma criança arrastando a sua mochila da escola.

 

P.S.: num terreno acidentado é uma menininha, na volta da escolinha

- parando com a sua garrafinha -,

regando um pequeno pé de manga, recém-plantado.

O amor é o fruto. E, de tudo que bem plantamos, ele é o resultado.

 

​​​​​​P.S.: O poeta, falho que é esqueceu-se da principal rima.

às vezes penso que "Deus" é,

sem sombra de dúvidas,

uma "cachoeira", num domingo de sol

esperando para premiar quem venceu a trilha,

que somos nós, na vida!

 

 

 

Instagram @andersonhorizonte_escritor

 

* Meu Romance de estreia - livro físico:

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* Minha nova obra “coletânea poética”:

Amores Engavetados - Anderson Horizonte - Livraria Ipê Das Letras

 

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Anderson Horizonte
Enviado por Anderson Horizonte em 04/02/2025
Alterado em 11/02/2025
Comentários
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Maripenna
Arrasou e deu um show amei ler, deixo bjs lilás com minha gratidão e um aroma de alfazema perfumando seu cantinho poético, Jesus te ama!
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Tiane Maga
Lindo texto 👏👏👏
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LuciaLms
Magnífico!!! Inspiração primorosa!!! Parabéns!!!! Espetacular suas comparações... Nos convida a refletir, viajando em emoções... Amei!!!! Meus aplausos com louvor!!!! Voltarei muitas vezes, podes ter certeza!!! Grande abraço, LúciaLms.
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Takinho
É que a mente é cheia de divagações e de acordo com emoções e vivências, tudo vai se tornando vida e análogo. Espetacular meu caro. Abraços
I
Ivone Souza
Maravilhosas referências, demonstram sua sensibilidade e o belo modo como vê a vida e as coisas! Parabéns, vc é maravilhoso ❤️
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